I - M

JOÃO CONTIERI


         Nasceu nesta cidade, a 25 de janeiro de 1933 e fez seus estudos no Grupo Escolar de Itararé, atual Tomé Teixeira. Começou a aprendizagem da arte tipográfica, ainda menino, no Jornal “O Itararé”, levado pelo tio Hermínio Lages. Ali, fez de tudo um pouco até familiarizar-se com os segredos da arte e, também, tornar-se um grande jornalista.
          Foi um dos  sócios da Empresa Bandeirante, fundadora do jornal Tribuna de Itararé. Ele e Hermínio Lages eram responsáveis pela edição da “Tribuna de Itararé.” Em 1954, compraram em sociedade uma pequena gráfica a que deram o nome de Tipografia Guarani.
          No ano de 1964 passou a editar a “Tribuna de Itararé” em sua própria gráfica, a Tipografia Itararé. João Contieri destacou-se no jornalismo itarareense.
          Foi casado com Mary Anciladey Contieri e teve dois filhos: Nilton Flávio e Paulo Sergio. Faleceu a 28 de fevereiro de 1999.


 LINDOLPHO GOMES GAYA


O grande maestro Gaya, orgulho de Itararé, conhecido entre os amigos como Dudu Gaya, era filho do Sr. José Maria Gaya e da Srª Leocádia Brobowsky.
Frequentou o curso primário no Grupo Escolar Tomé Teixeira, sendo aluno da profª Adelaide Barco, que o considerava excelente aluno. Começou seus estudos de piano aos 9 anos, com a professora Filomena Melillo.
Muito bem conceituado no mundo musical, foi um dos maiores arranjadores da MPB, solicitado por grandes nomes como Chico Buarque, Vinicius de Moraes  e Elizete Cardoso. Foi diretor artístico da Rádio Nacional e como arranjador da Odeon teve sua própria orquestra.
Casou-se com a cantora Estellinha Egg com quem trabalhou divulgando nossa cultura musical em muitos países europeus. Nos anos 70, levou aos jovens nas universidades suas pesquisas sobre as raízes musicais brasileiras.
Faleceu em Curitiba, em 1987.


MANOEL LUCIANO DE MELLO VIEIRA

 Nascido em Santa Rita de Cássia (MG), aos 14 de janeiro de 1907, Manoel Luciano de Mello Vieira era filho de José Luciano Vieira e Vitalina Carolina de Carvalho. Seu pai era tropeiro e a família residia nos arredores de Ribeirão Preto. Após a morte de sua mãe, a família mudou-se para Barretos, onde passou sua infância. Em 1932, aos 25 anos, mudou-se para Itararé com o pai e 4 irmãos.
Na Revolução Constitucionalista de 32 participou do grupo de resistência simbólica local, ou seja, da guarda da cidade já praticamente vazia pela notícia da chegada das tropas sulistas. Em 1936 casou-se com Maria de Jesus Carneiro de Camargo Lobo, filha de família ligada à fundação de Itararé. O casal teve 10 filhos.
Manoel Luciano, carinhosamente chamado de Nequinha, trabalhou desde os 14 anos. Seu 1º emprego foi numa fábrica de tecidos e em seguida no Banco Francês Italiano, em Barretos.  Ao mesmo tempo, fazia o Curso de Contabilidade por correspondência pelo Rio de Janeiro, na época eram poucas as escolas profissionais no interior Foi o 1º contabilista a montar um escritório contábil no Brasil. Em função desse feito, recebeu um diploma e homenagem  do CRC – Conselho Regional de Contabilidade. Como contador defendia causas trabalhistas, ficando conhecido no meio jurídico de Itararé onde prestou serviços de direito no Fórum local nas áreas cível e até criminal a convite da justiça local. Resolveu então fazer o Curso de Direito aos 63 anos, formando-se aos 68, em Itapetininga (SP).
Como último trabalho, exerceu, aos 93 anos, o cargo de Chefe do Departamento Jurídico do então Prefeito Floriano Côrtes.
Exerceu também o Jornalismo. Foi um homem da imprensa desde os 18 anos. Articulista, polemista, repórter, poeta. Foi colaborador do jornal “O Itararé”, do “O Guarani” e  da “Tribuna de Itararé”. A oratória foi outra faceta dele na área de comunicação.  Participou da vida local acompanhando toda a sua trajetória, fazendo grandes campanhas.Foi um dos representantes da elite intelectual,do profissional liberal, categoria que se formava nos anos 40/50.
Homem religioso, foi coroinha, seminarista, congregado mariano, irmão do santíssimo, orador das festas religiosas solenes e populares.Como pai, deu suporte educacional aos filhos. Formou uma biblioteca e um ginásio de esportes no quintal,  oferecendo estes aos jovens e crianças que freqüentavam sua casa.
Residiu em Itararé até o fim de sua vida (1925/2006) na mesma casa onde montara seu escritório de contabilidade. Faleceu em novembro de 2006, aos 99 anos.